sexta-feira, 28 de maio de 2010

Você tem fogo?

Todas as semanas publicaremos aqui textos do Rodrigo Nogueira. Uma forma de todos terem contato com cenas que fazem rir, chorar e principalmente refletir. Divirta-se.

"Eu escrevi 'você tem fogo' sob encomenda pra uma dupla de comediantes que queria fazer uma esquete sobre gays e heteros. No dia 20 de maio ele foi montado por dois atores no festival universitário da PUC: o Johnny Massaro e o Igor Cosso. Marcella Rica e Júlia Bernat foram as diretoras. O grupo mandou tão bem que o Johhny Massaro ganhou prêmio de melhor ator. Abaixo vocês podem ler o texto. E mais embaixo ainda as fotos da cena. beijos r.''


Um homem de pé como se estivesse numa festa (Homem 1). Passa um outro por ele (Homem 2). O que está de pé dá uma checada na bunda do que passou. Sem dar a menor pinta. A típica checada de rabo que um homem dá numa mulher. O homem que cruzou é mais delicado. Os olhares dos dois se cruzam. Eles dão um leve sorriso um pro outro. (É importante que o homem um seja uma pessoa normal e em nenhum momento dê pinta.)

Um: Tem fogo?

Dois: Não, foi mal, eu não fumo.

Um: É. Eu também não.

Dois: Não?

Um: Odeio cigarro.

Dois: . Mas você me perguntou se eu tinha fogo?

Um: Era pra saber.

Dois: Se eu tinha fogo?

Um: Se você fumava.

Dois: Sei.

Um: Eu evito, sabe?

Dois: Evita?

Um: Os fumantes.

Dois: A fumaça te incomoda assim?

Um: O câncer.

Dois: Câncer?

Um: Me incomoda.

Dois: O câncer te incomoda?

Um: A você não?

Dois: Acho que sim, ?

Um: Por isso eu evito.

Dois: Os fumantes?

Um: Exatamente.

Dois: Entendi.

Um: Você sabia que os fumantes passivos têm quarenta por cento de chance de ter câncer de pulmão?

Dois: Nossa.

Um: Só três pontos percentuais a menos que os fumantes ativos.

Dois: Vivendo e aprendendo.

Um: Quando eu li isso tomei um susto.

Dois: É assustador.

Um: Mas ao mesmo tempo sedutor...

Dois: Sedutor?

Um: Se quase não tem diferença entre um e outro, pra que não fumar?

Dois: É.

Um: E aí? Já desistiu de ser passivo?

Dois: Eu?

Um: Fumante. Você não é fumante passivo?

Dois: Sou?

Um: O mundo se divide entre dois tipos de pessoas: os ativos e os passivos.

Dois: Claro.

Um: E então. Você é ativo ou passivo?

Dois: Nesse caso eu acho que eu sou passivo, então.

Um: Sei.

Dois: Pra te falar a verdade eu já dei meus tragos na adolescência.

Um: Sei.

Dois: Eu quis experimentar. Sabe como é adolescente.

Um: Sei.

Dois: Eu quis experimentar.

Um: Sei.

Dois: Confesso que de vez em quando eu ainda fumo um cigarrinho.

Um: Olha!

Dois: Mas só quando eu to bêbado, sabe?

Um: É... Bebida facilita, ?

Dois: Facilita, facilita...

Um: Então você transita?

Dois: Transito?

Um: Entre ativo e passivo? Fumante ativo e fumante passivo?

Dois: Pode ser.

Um: Que interessante!

Dois: Você acha?

Um: Muito.

Dois: Por quê?

Um: Porque faz tempo que eu não exerço a minha atividade...

Dois: Olha, você me desculpa.

Um: Por quê?

Dois: Acho que você ta com a idéia errada.

Um: E quem é que ta tendo idéia aqui?

Dois: Isso sempre acontece nas festas da Carolzinha.

Um: Isso o quê?

Dois: Essas confusões.

Um: De fumante e não fumante?

Dois: Não...

Um: Ou de ativo e passivo?

Dois: É que eu...

Um: Você...

Dois: Eu não...

Um: Conta.

Dois: Eu sou...

Um: Você é.

Dois: Eu sou hetero.

TEMPO

Um: Puta que pariu, isso sempre acontece nas festas da Carolzinha.

Dois: Pois é.

Um: Ela cisma em misturar amigo hetero com amigo gay.

Dois: É a Carolzinha.

Um: Ela não aprendeu que isso não se faz?

Dois: Mas ta traqüilo.

Um: Tranqüilo?

Dois: Eu já to acostumado.

Um: Hein?

Dois: Eu tenho vários amigos gays. O fato de você ter chegado em mim foi só um mal entendido. Eu não tenho o menor problema com isso.

Um: Mas eu tenho, ?

Dois: O quê?

Um: Um problema com isso.

Dois: Eu não to entendendo.

Um: Não tem nada a ver com você, não é pessoal. Mas hetero não dá, ?

Dois: Como assim?

Um: Desculpa, mas eu não consigo.

Dois: Você tem algum problema com os heterossexuais?

Um: Eu acho que foi o que eu acabei de te dizer, ?

Dois: Como assim?

Um: Eu devia ter desconfiado. Essa tua camisa pólo não engana ninguém

Dois: Camisa pólo?

Um: Sempre que eu bato o olho numa camisa pólo eu sei que tem uma heterossexualidade rolando ali. Mas logo em seguida vem aquela culpa “Ah, coitado. Dizer que o cara é hetero só por causa da roupa. Que preconceito!”

Dois: Qual é o problema de usar camisa pólo?

Um: Nenhum, se você tem noventa quilos, uma pança, se chama Arnaldo.

Dois: Mas um monte de gente jovem usa camisa pólo.

Um: Claro. Heteros!

Dois: Não necessariamente.

Um: Tu já viu algum viado calçando mocacim?

Dois: Não sei...

Um: Usando calça da C&A

Dois: Eu nunca...

Um: Vestindo cueca da Renner?

Dois: Eu acho que...

Um: Não! Porque os gays têm bom gosto, ? E bom gosto é uma coisa muito difícil de se achar num hetero.

Dois: Olha eu acho que você ta muito agressivo.

Um: Agressivo? Agressivo é ver um homem beijando uma mulher em público.

Dois: Qual o problema?

Um: Desculpa, mas eu não to acostumado a ver.

Dois: É uma coisa natural.

Um: Pra você que é hetero. Eu vivo no mundo gay. Não dá pra ver uma pessoa do sexo masculino enfiando a língua na garganta de uma do sexo feminino, porra .

Dois: Mas isso é preconceito.

Um: E no meio de uma pista de dança! Eu desisti de ir em boate hetero pra não me aborrecer.

Dois: Aborrecer?

Um: Dar de cara com um homem dando um amasso numa mulher na porta do banheiro. Pegando num... peitinho.

Dois: Pois eu vivo vendo dois homens fazendo isso tudo o que você diz e não me incomoda nenhum pouco.

Um: Claro. Você tem coisa pior pra se incomodar já que ta fadado a passar o resto da vida ao lado de uma mulher, ?

Dois: Mas qual o problema?

Um: Nenhum. Eu não tenho problema nenhum com mulher. Só não quero me envolver sexualmente com uma!

Dois: Você não sabe o que ta perdendo.

Um: , meu amigo. Não me provoca.

Dois: Provoca?

Um: Cara, eu respeito vocês, a opção sexual de vocês, mas ficar esfregando assim na minha cara é uma provocação.

Dois: Foi só um comentário.

Um: Já não basta o meu irmão.

Dois: O que é que tem seu irmão?

Um: É hetero assumido!

Dois: É?

Um: Saiu do armário faz dois meses.

Dois: E foi difícil pra você?

Um: Ainda to me recuperando.

Dois: Você nunca desconfiou?

Um: Tinha os sinais, ?

Dois: Que sinais?

Um: Beber água direto do gargalo da garrafa, aqueles pingos de xixi no vaso sanitário... Aí começou a andar com uns carinhas com bermuda de tactel que falavam brother e tomavam açaí.

Dois: Deve ter sido um choque.

Um: , cara. Meu irmãozinho menor, ? Eu até aceito. Não entendo, mas aceito.

Dois: É seu irmão, ?

Um: Claro. Pode beber cerveja, coçar o saco, pular micareta. Contanto que e não seja na minha frente. Amo o meu irmão, mas quando começa a rolar um heterossexualismo eu saio de perto.

Dois: É compreensível.

Um: Você tem a maior cara de que deixa respingar xixi fora do vaso.

Dois: Eu tento evitar.

Um: Eu não sei o qual é o problema de vocês heteros com a mira. O buraco da privada é uma coisa tão grande...

Dois: Não, não. Você tem razão.

Um: E a micareta, eu realmente desisti de tentar entender. Qual é a graça de ficar bêbado num lugar entupido de gente suada, com cheiro de mijo e música ruim? Ainda por cima todo mundo com a mesma roupa!

Dois: Faz sentido.

Um: E os jogos de futebol? Se for pra ficar abraçando homem e bebendo cerveja prefiro ir ao lugar certo.

Dois: Mas e a emoção do jogo?

Um: Pode muito bem ser substituída por outras emoções.

Dois: Entendi.

Um: Enfim, meu amigo. Como eu te disse, não é nada pessoal. Mas eu realmente não me dou com hetero. Então se você não se incomoda eu to de saída.

Dois: Não. Espera aí. Po... A gente nem se apresentou ainda.

Um: Mas qual o sentido? Você é hetero.

Dois: Eu sei mas...

Um: Mas...

Dois: É que essas coisas aí que você falou.

Um: O que é que tem?

Dois: E esse seu jeito meio... assertivo de dizer as coisas.

Um: Assertivo?

Dois: É. Assertivo.

Um: Eu não to entendendo você.

Dois: Eu fiquei pensando.

Um: Pensando...

Dois: Você até tem razão em algum dos seus comentários.

Um: Que bom que você acha.

Dois: Eu te confesso que eu vou repensar algumas posições minhas de hetero.

Um: Faça isso.

Dois: Valeu pela conversa.

Um: Tudo bem. Você é um cara legal. Hetero, mas legal. Te mais.

Dois: Peraí!

Um: Oi.

Dois: Antes de você ir embora eu posso te fazer uma pergunta?

Um: Pode perguntar.

TEMPO

Dois: Você tem fogo?



Fotos de Lucas Campêlo. (http://www.flickr.com/photos/luscas)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sessão Matinê

Um cinema vazio. Uma mulher está sentada olhando fixamente para frente esperando o filme começar. Entra um homem e começa a experimentar cadeiras para escolher seu lugar. Ele vai se sentando nas cadeiras e desistindo. Finalmente ele se senta numa cadeira ao lado da mulher. Parece gostar e fica. Um tempo. A mulher estranha. Ela fica um bom tempo olhando pra ele. Ele, alheio à situação começa a tirar coisas da mochila. Um saco de pipoca. Um refrigerante. Um sorvete gelado. A mulher olha cada vez mais horrorizada pra ele. Começa a se irritar.

Homem: Tudo bem?

Mulher: Não. Não está tudo bem. Não tem como estar tudo bem. Aliás é impossível que esteja tudo bem, né?

Homem: Ai, que pena. Você quer falar sobre o assunto. A gente ainda tem uns cinco minutos até o filme começar e eu sou ótimo conselheiro.

Mulher: O quê???

Homem: Aposto que foi briga com o namorado. Sozinha no cinema, numa sessão de comédia romântica e ainda por cima com essa cara de sorvete de morango é porque brigou com o namorado.

Mulher: É o quê?

Homem: Cara de sorvete de morango, nunca ouviu falar? Aquela cara que a gente faz quando é criança, comeu todo arroz com peixe que a sua mãe botou no prato, ta louco esperando pela sobremesa, daí vem sorvete de morango, sabe? Você crente que é um chocolate, flocos, até creme, ainda vai. Mas vem sorvete de morango. Pra quê, gente? Que criança que gosta de sorvete de morango? É sempre uma decepção. E ele sempre é rejeitado no pote do Napolitano, já reparou? Fica aquele desnível...

Mulher: Você tem algum problema?

Homem: Eu não. Quem tem é você, esquecidinha. Você que disse que não estava tudo bem, lembra? Por causa do seu namorado.

Mulher: Que namorado?

Homem: Então terminou, coitada?

Mulher: Não, não tem nenhum namorado.

Homem: Ah, então esse é que é o problema. Ta carente?

Mulher: O problema é você!

Homem: Eu?

Mulher: É você! Por que é que você escolheu exatamente esse lugar pra se sentar?

Homem: É um bom lugar, você não acha?

Mulher: É óbvio que eu acho um bom lugar senão eu não estaria sentada aqui. A questão não é essa. O fato é que esse cinema tem 527 lugares. E nós estamos numa sessão matinê de terça-feira. Caso você não tenha notado só tem onze pessoas nessa sala além de mim e de você.

Homem: E verdade. Adoro cinema vazio. Dá pra gente....

Mulher: Concluindo então que existem 514 lugares vagos nessa sala. E você escolheu justamente esse aqui do meu lado.

Homem: E daí?

Mulher: Mas como e daí. E daí que uma falta de respeito. Você está invadindo o meu espaço pessoal.

Homem: Seu espaço pessoal?

Mulher: Meu espaço pessoal.

Homem: Como assim espaço pessoal?

Mulher: Espaço pessoal, espaço pessoal. Você nunca ouviu falar em espaço pessoal? Quinesfera. Raio íntimo.

Homem: Raio íntimo? Você ta falando de absorvente?

Mulher: Não, eu estou falando sobre espaço pessoal: a circunferência corpórea que delimita as fronteiras da invasão intermitente entre um ser humano e outro.

Homem: É reforma agrária agora?

Mulher: Todo mundo tem um espaço pessoal. Uma área em volta de si que denota individualidade. E você, sentando ao meu lado está invadindo o meu espaço pessoal. E a invasão do espaço pessoal é uma coisa muito séria. É como se você estivesse dividindo o mesmo vaso sanitário comigo num banheiro público. Já imaginou, você sentado numa privada de um banheiro de shopping e eu pedindo pra você: “me dá uma licencinha pra eu usar esse cantinho”.

Homem: Ia ser uma loucura, né?

Mulher: Ainda bem que você concorda.

Homem: Por que se isso acontecesse que dizer que ou você estaria no banheiro masculino ou eu no feminino. Doideira total.

Mulher: Não é essa a questão. A questão é que nesse momento, você invadiu o meu espaço pessoal sentando ao meu lado nessa sessão de cinema!

Homem: Mas se a sala estivesse lotada e esse fosse o único lugar vago eu sentaria aqui.

Mulher: Mas é completamente diferente!

Homem: Mas como assim diferente?

Mulher: É diferente porque se a sala estivesse lotada o meu espaço pessoal se resumiria ao espaço do meu assento. Mas com a sala vazia o raio do meu espaço pessoal cresce proporcionalmente ao tamanho do vazio da sala. Então se hoje somos 13 pessoas numa sala de 524 lugares, cada um tem um espaço pessoal de 40,3 assentos. Isso distribuído numa circunferência dá cinco assentos em cada direção. Quer dizer que você poderia ter escolhido cinco pra cá, cinco pra lá, cinco prali, cinco prali, cinco pra trás, cinco pra lá, cinco pra esse lado, e cinco pra lá. Olha quantas possibilidades.

Homem: Desculpa...

Mulher: Olha, se você tivesse sentado a três assentos da minha distância eu até aceitaria. Acharia estranho, mas aceitaria. A dois, eu ia ficar extremamente incomodada. Agora do meu lado. É impossível. Eu não posso assistir ao filme com alguém do meu lado.

Homem: Mas por quê?

Mulher: Você ainda não entendeu? Tá tão claro! Não dá pra assistir a um filme se uma pessoa que você não conhece invade o seu espaço pessoal.

Homem: Ah. Me desculpa. Eu realmente fui muito mal educado.

Mulher: Ainda bem que você se tocou!

Homem: Onde é que eu estava com a cabeça?

Mulher: Eu não sei mas...

Homem: Eu estou completamente errado.

Mulher: Que bom que você percebeu...

Homem: O meu nome é José Roberto Guimarães Costa. Costa por parte pai e Guimarães também. Porque minha mãe não quis botar o sobrenome dela nos filhos, que era Nogueira. Dizia que dava azar. Deu azar pra família dela inteira.

Mulher: Por quê?

Homem: Porque ela foi criada numa fazenda e tinha um caseiro, o seu Nogueira, que andava metido com magia negra, matava uns porcos de vez em quando...

Mulher: Não. Por que é que você tá me falando isso?

Homem: Ué, gente. Você não falou que é impossível assistir um filme se alguém que você não conhece está no seu espaço pessoal. Então. Eu tô tentando fazer com que você me conheça para que eu esteja habilitado a sentar no seu espaço pessoal.

Mulher: E você acha que só me falando o seu nome e contando uma historinha idiota sobre a sua mãe você já está habilitado pra entrar no meu espaço pessoal?


Homem: o quê?


Mulher: Era só o que me faltava. Um maluco que começa a falar umas baboseiras e já pensa que é meu amigo.

Homem: Como?

Mulher: Francamente...

Homem: Mas peraí. Em primeiro lugar, você não falou nada sobre grau de conhecimento de uma pessoa para que ela esteja habilitada pra entrar no seu espaço pessoal. Você só disse que precisava conhecer essa pessoa. É não é?

Mulher: É mas...

Homem: Eu me apresentei pra você. Você não só sabe o meu nome como o meu sobrenome e a origem dele! Certo?

Mulher: Certo...

Homem: E em segundo lugar, essa historia que eu contei pra você sobre o seu Nogueira, que você chamou de idiota é uma história muito séria. Eu tenho um complexo enorme de não carregar o nome de família da minha mãe. Eu passei a infância inteira sendo rejeitado pela minha avó materna por causa disso.

Mulher: Mas eu não disse que...

Homem: Fora os pesadelos que eu tive que enfrentar a minha vida inteira com aquele caseiro macumbeiro. Era toda noite sonhando com sangue e tripa de porco. Durante onze anos da minha vida. É muita dor, muita dor pra alguém chegar e chamar de história idiota...

Mulher: Espera aí, em nenhum momento eu quis...

Homem: E em terceiro lugar... Em terceiro lugar (começa a chorar)

Mulher: Me desculpa eu...

Homem: Desculpa não. Humilhação tem limite. Você nunca ouviu aquela frase: a liberdade de um termina onde começa a liberdade do outro? Você não pode fazer qualquer coisa pra preservar o seu espaço pessoal.

Mulher: Olha José Roberto...

Homem: Não me chama pelo nome não. Não me chama pelo nome que eu nem te conheço.

Mulher: Como assim?

Homem: Inclusive se você sabe o meu nome e minha história de vida eu não sei nada sobre a sua, agora o estranho aqui é você. Então me diz, que é que está invadindo o espaço pessoal de quem? Hein? Me diz! Fala!

Mulher:...

Homem: Portanto, estranho, pegue a sua pipoca e saia do meu espaço pessoal. Isso quer dizer que você pode escolher qualquer lugar, desde que seja cinco pra cá, cinco pra lá, cinco prali, cinco prali, cinco pra trás, cinco pra lá, cinco pra esse lado, e cinco pra lá. Olha quantas possibilidades!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Rodrigo

Há quase dez anos os brasileiros acompanham a carreira de Rodrigo Nogueira. A maioria das vezes na frente da platéia, com talento impar; simpatia encantadora, o brasiliense de 30 anos já garantiu lugar entre os grandes. Jornalista, ator e escritor, o ganhador de vários prêmios está cada vez mais presente nas televisões, casas, vidas e corações de todos.
Rodrigo já preenchia o currículo antes mesmo da graduação em jornalismo pela faculdade federal do Rio de Janeiro em 2001. Começou como estagiário na redação do jornal "O Globo". Com inglês, francês, italiano e espanhol fluentes, foi contratado como redator do programa "Pelo Mundo" do globo news e foi editor internacional do canal entre 2001 e 2005.
Apesar de já ter uma profissão, o jornalista foi mais fundo. Formou-se também em teatro pela Casa de Artes de Laranjeira em 2003. Isso foi só um impulso para mais sucessos. Agora em cima dos palcos. Além de ter participado de peças brasileiras. Também foi convidado pelo autor Tim Crouch e integrou o elenco de "An oak tree". Rodrigo também deixou a marca dele nas telonas. Em filmes nacionais e internacionais como: "Gringos do Rio", " Locked up" National Geographic/USA, "o maior roubo do mundo" Discovery Channel/ Inglaterra. Como um bom brasileiro o ator não pôde deixar de fora a maior paixão nacional. Fez participações especiais nas novelas: " Paraíso Tropical", "Pé na Jaca", em séries como " A Grande Família", "O Sistema", " Por Toda Minha Vida", e também se aventurou com a turma do sitio do Pica-pau amarelo em 2007.
Paralelamente as profissões Rodrigo conservava outra paixão: escrever. O resultado disso foram textos e peças muito bem criticados . " PLAY- sobre sexo, mentira e videotape" foi indicada ao premio Shell como melhor texto e considerada "um passo definitivo na dramaturgia brasileira" por Barbara Heliodora, do jornal o globo. Foi vencedor dos prêmios de melhor texto no festival Mercadão Cultural e festival de Tápias com a cena" Estudo sobre sedução". O autor é também um dos roteiristas de "Bela, a feia".
Que a estrela desse tão talentoso homem nunca deixe de brilhar. Com atuações, textos e peças, com características únicas. No pertinente entrelaço de realidade e ficção, de um jeito que só ele sabe.



por: Bia Biasi